Lição 7: Uma promessa de restauração

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - JOVENS (4º TRIMESTRE)

Título: Exortação, arrependimento e esperança — O ministério profético de Jeremias

Comentarista: Elias Torralbo

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Lição 7: Uma promessa de restauração

Data: 16 de novembro de 2025

TEXTO PRINCIPAL

“Não temas, pois, tu, meu servo Jacó, diz o SENHOR, nem te espantes, ó Israel; porque eis que te livrarei das terras de longe [...].” (Jr 30.10).

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RESUMO DA LIÇÃO

O amor de Deus pelo seu povo é incondicional e podemos vê-lo não somente na correção dos hebreus, mas também em sua ação fiel de restaurá-los.

LEITURA DA SEMANA

• SEGUNDA — Gn 12.1-9: Deus faz uma aliança com Abrão
• TERÇA — Sl 85.1-13: Os livramentos Deus em favor do seu povo
• QUARTA — Lm 3.32,33: Deus não tem prazer no sofrimento
• QUINTA — Hb 12.5-11: Não despreze a correção divina
• SEXTA — Jr 33.11: Deus promete restaurar o seu povo
• SÁBADO — Ap 2.4,5: O caminho do arrependimento

OBJETIVOS (O que vamos aprender?)

• DESTACAR a aliança de Deus com o seu povo;
• RESSALTAR o caráter de Deus e a restauração de seu povo;
• MOSTRAR o caminho e os resultados da restauração divina.

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INTERAÇÃO

Professor(a), nesta lição, a importância da oração, seguida de gratidão e arrependimento, é destacada como meio de alcançar o perdão e a restauração.

Vamos refletir sobre o compromisso de Deus com Judá, que é fundamentado no Seu caráter. Deus pode e deseja restaurar o que se quebrou e promover renovação espiritual ainda hoje, pois Ele é fiel à Sua aliança.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA (Restauração e Redenção)

Explique aos alunos que os capítulos 30-33 de Jeremias contêm profecias sobre a futura restauração e redenção (salvação e renovação de propósito) de Israel e Judá. Estas profecias se aplicam ao:

• Futuro Próximo: Retorno dos judeus do exílio na Babilônia.
• Futuro Distante: Eventos no fim dos tempos, quando Cristo retornar para reinar sobre todas as nações (Ap 20).

Jeremias garantiu que o povo escolhido de Deus não seria extinto; um remanescente fiel duraria, e por meio dele Deus realizaria Seus propósitos.

TEXTO BÍBLICO EM CLASSE: Jeremias 30.8-11; 31.7-17

Jeremias 30

8. Porque será naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, que eu quebrarei o seu jugo de sobre o teu pescoço e quebrarei as tuas ataduras; e nunca mais se servirão dele os estranhos,
9. mas servirão ao SENHOR, seu Deus, como também a Davi, seu rei, que lhes levantarei.
10. Não temas, pois, tu, meu servo Jacó, diz o Senhor, nem te espantes, ó Israel porque eis que te livrarei das terras de longe, e a tua descendência, da terra do seu cativeiro: e Jacó tornará, e descansará, e ficará em sossego, e não haverá quem o atemorize.
11. Porque eu sou contigo, diz o SENHOR, para te salvar, porquanto darei fim a todas as nações entre as quais te espalhei; a ti, porém, não darei fim, mas castigar-te-ei com medida e, de todo, não te terei por inocente.

Jeremias 31

7. Porque assim diz o SENHOR: Cantai sobre Jacó, com alegria; exultai por causa do Chefe das nações; proclamai, cantai louvores e dizei: Salva, Senhor, o teu povo, o resto de Israel.
8. Eis que os trarei da terra do Norte e os congregarei das extremidades da terra; e, com eles, **os cegos, os aleijados, as mulheres grávidas** e as de parto juntamente; em grande congregação, voltarão para aqui.
9. Virão com choro, e com súplicas o levarei; guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho direito, em que não tropeçarão; porque eu sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito.
10. Ouvi a palavra do SENHOR, ó nações, e anuncia-a nas ilhas de longe, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor, ao seu rebanho.
11. Porque o SENHOR resgatou a Jacó e o livrou das mãos do que era mais forte do que ele.
12. Hão de vir, e exultarão na altura de Sião, e correrão aos bens do SENHOR: o trigo, e o mosto, e o azeite, e os cordeiros, e os bezerros; e a sua alma será como um jardim regado, e nunca mais andarão tristes.
13. Então, a virgem se alegrara na dança, e também os jovens e os velhos; e tornarei o seu pranto em alegria, e os consolarei, e transformarei em regozijo a sua tristeza.
14. E saciarei a alma dos sacerdotes de gordura, e o meu povo se fartará dos meus bens, diz o SENHOR.
15. Assim diz o SENHOR: Uma voz se ouviu em Ramá, lamentação, choro amargo; Raquel chora seus filhos, sem admitir consolação por eles, porque já não existem.
16. Assim diz o SENHOR: Reprime a voz de choro, e as lágrimas de teus olhos, porque há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor; pois eles voltarão da terra do inimigo.
17. E há esperanças, no derradeiro fim, para os teus descendentes, diz o SENHOR, porque teus filhos voltarão para o teu país.

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COMENTÁRIO DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos que o arrependimento seria um dos principais meios pelos quais Deus agiria para restaurar Judá de forma completa e perfeita. A restauração não era apenas uma possibilidade, mas uma **promessa** fundamentada no caráter imutável de Deus.

I. A ALIANÇA DE DEUS COM O SEU POVO

1. O Deus de aliança

Aliança é um acordo que contém: partes, condições, resultados e garantias. A aliança de Deus com Israel em Êxodo 19, por exemplo, mostra isso: a condição era a obediência, e o resultado/garantia era Israel ser uma nação sacerdotal. A aliança de Deus é eterna, perfeita e imutável (Is 54.10), sustentada por Sua fidelidade e misericórdia (Dt 7.9).

2. A aliança de Deus no Antigo Testamento

As alianças no AT se manifestam de forma condicional (promessas dependentes da obediência humana, usando a conjunção "se" — Dt 28.1,2) e incondicional (baseadas exclusivamente no caráter de Deus). O AT não apenas apresenta essas alianças, mas também anuncia a Nova Aliança (Is 61.8,9), que seria cumprida perfeitamente em Jesus Cristo (Mt 26.28,29).

3. A nova aliança e o profeta Jeremias

Os capítulos 30 a 33 do livro de Jeremias, o "Livro da Consolação", reforçam o cuidado de Deus e prometem a restauração, reafirmando Sua fidelidade. Jeremias apontou para um tempo novo, de uma Nova Aliança (Jr 31.31-34), e para o Messias, a quem ele chama de “renovo de justiça” (Jr 33.15). A libertação do cativeiro era, para o povo, um vislumbre desse pacto eterno.

SUBSÍDIO I (A Natureza da Aliança)

A aliança (heb. *berit*; gr. *diatheke*) é mais bem entendida como uma **relação com legalidades associadas**. É algo que une as partes e implica um **compromisso solene**, como o casamento. A relação de aliança mais significativa é entre Deus e a humanidade, distinguindo a história de Israel. Deus escolheu Israel para Seu cuidado pessoal e estabeleceu uma relação com a nação independente de sua associação com a terra.

II. O CARÁTER DE DEUS E A RESTAURAÇÃO DE SEU POVO

1. Justiça divina

Os atributos de Deus, conhecidos através de Suas obras, sustentam Sua promessa de restauração. A justiça divina, eterna e perfeita, não anula Seu amor e misericórdia, mas os acentua. A justiça foi a base para garantir a restauração de Judá: se, por um lado, trouxe alegria e esperança (Jr 31.7-14), por outro, garantiu que os erros não ficariam impunes (Jr 30.11).

2. Fidelidade divina

Diante da destruição, Jeremias reconheceu que as misericórdias do Senhor se renovam porque elas se fundamentam em Sua fidelidade (Lm 3.21,22). Deus não pode negar a Si mesmo. Na promessa de restauração, Ele se revelou como:

• **Pai** (Jr 31.9);
• **Pastor** (Jr 31.10);
• **Resgatador** (Jr 31.11);
• **Consolador** (Jr 31.13) e Fonte que sacia (Jr 31.14).

3. Amor divino

Toda a obra de Deus, inclusive a disciplina, é fundamentada em Seu amor (Hb 12.6). Ele demonstrou amor eterno por Judá ao corrigi-los, pois Seu propósito era o de livrá-los. Ele renovou a certeza de Sua presença, cuidado e restauração no tempo certo (Jr 30.10,11), mostrando cuidado especial pelos mais fragilizados (Jr 31.8). A restauração foi, inegavelmente, fundamentada no amor de Deus.

SUBSÍDIO II (O Tempo de Angústia de Jacó)

Jeremias trouxe boas-novas aos exilados: a promessa de que seriam restaurados à sua terra. A expressão "Tempo de Angústia para Jacó" (Jr 30.7) refere-se ao sofrimento intenso da deportação, mas também aponta profeticamente para a futura tribulação (no fim dos tempos), que culminará com as forças do Anticristo. Nesse ponto, Cristo voltará para socorrer Israel e destruirá Seus inimigos, estabelecendo Seu Reino milenar.

III. O CAMINHO E OS RESULTADOS DA RESTAURAÇÃO DIVINA

1. Oração como um recurso de restauração

Deus estabeleceu um tempo para o cativeiro (Jr 29.10), mas ao renovar a promessa de restauração, Ele apresentou a oração como um dos principais recursos para que Sua vontade fosse cumprida. A oração é o meio pelo qual o povo se conecta ao plano de salvação já anunciado (Jr 31.7).

2. Gratidão e arrependimento

A ingratidão foi um dos motivos do cativeiro. Por isso, a restauração tinha como alvo levar o povo a servir ao Senhor com inteireza de coração (Jr 30.8,9). O arrependimento deve produzir frutos (Mt 3.8), e as petições a Deus devem ser feitas “com ação de graças” (Fp 4.6). A gratidão é o reconhecimento da dependência humana de Deus.

3. Os frutos da restauração

O sofrimento no cativeiro era marcado por choro e lamento (Jr 31.15). No entanto, os futuros gritos de alegria (Jr 31.7) seriam o fruto da promessa de liberdade. Os benefícios da restauração incluiriam:

• Salvação e Liberdade (Jr 30.8,11; 31.16,17).
• Descanso e Refrigério ("águas tranquilas e o caminho direito" - Jr 31.9).
• Fartura e Restauração para todos, incluindo os mais frágeis (cegos, aleijados) e os sacerdotes (Jr 31.8,12,14).

SUBSÍDIO III (A Nova e Melhor Aliança)

O capítulo 31 de Jeremias é sobre a restauração de Israel e Judá à Terra Prometida. Após assegurar esse reagrupamento, Jeremias revela que Deus estabeleceria uma aliança nova e melhor (o "acordo de vida"). Esta Nova Aliança, estabelecida por Jesus Cristo, vai além das promessas do Antigo Testamento, oferecendo o perdão total dos pecados e o poder espiritual para viver em Seus mandamentos.

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CONCLUSÃO

Esta lição é um convite a reconhecer a importância da **oração**, seguida de **gratidão** e **arrependimento**, como meio de alcançar a renovação espiritual. Fundamentado em Seu compromisso com a aliança e em Seu caráter imutável, o Senhor permanece o mesmo e pode **restaurar o que se quebrou** e promover renovação espiritual, ainda hoje.

❓ HORA DA REVISÃO ❓

1. 1. Defina “aliança” segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe.
   Aliança “é um acordo entre duas ou mais pessoas em que quatro elementos estão presentes: partes, condições, resultados e garantias”.
2. 2. Segundo a lição, o que sustentava a aliança de Deus com seu povo?
   A aliança de Deus com o seu povo é sustentada pela sua fidelidade, e a sua misericórdia é prometida aos que guardarem esta aliança.
3. 3. O que é uma aliança condicional?
   Na aliança condicional, as promessas divinas estão condicionadas à obediência humana aos seus preceitos, pois são acompanhadas da conjunção “se”, reafirmando o seu caráter condicional.
4. 4. Como a Bíblia apresenta Deus e a sua justiça?
   A Bíblia apresenta Deus e a sua justiça como eternos.
5. 5. Em que foi fundamentada a restauração de Judá?
   A restauração de Judá foi fundamentada no amor de Deus, à semelhança de sua justiça e de sua fidelidade.