Lição 5: O início do cerco de Jerusalém
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - JOVENS (4º TRIMESTRE)
Título: Exortação, arrependimento e esperança — O ministério profético de Jeremias
Comentarista: Elias Torralbo
Lição 5: O início do cerco de Jerusalém
Data: 2 de novembro de 2025
TEXTO PRINCIPAL
“Eis que hoje ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, quando ouvirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que hoje vos mando.” (Dt 11.26).
RESUMO DA LIÇÃO
O cerco babilônio contra Jerusalém foi o resultado da desobediência e rebeldia do povo contra o Senhor.
LEITURA DA SEMANA
- SEGUNDA — Pv 28.9: O que desvia os ouvidos da Lei
- TERÇA — 2Cr 36.1-14: Os reinados de Joacaz, Jeoaquim e Zedequias
- QUARTA — 2Cr 36.15-21: A queda de Jerusalém
- QUINTA — Tg 4.6: Deus resiste ao soberbo
- SEXTA — Dn 9.1-4: A oração de Daniel e a profecia de Jeremias
- SÁBADO — Hb 4.13: Deus e as intenções dos corações
OBJETIVOS (O que vamos aprender?)
- COMPREENDER que o ministério profético de Jeremias se deu em um tempo diferente do nosso;
- DESTACAR o início do cerco babilônico e as suas causas;
- MOSTRAR que prevenir é mais sábio do que remediar.
INTERAÇÃO
Nesta lição, veremos que a situação de Judá era crítica: Jerusalém estava sitiada. No entanto, Jeremias sabia que Deus não abandonaria Seu povo.
O profeta declarou que os planos do Senhor são perfeitos e que, após o cativeiro, eles retornariam à sua terra, sob uma nova aliança. Se você, professor(a), está enfrentando uma situação crítica, creia: “bom é o Senhor para os que se atém a ele, para a alma que o busca. Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do Senhor”* (Lm 3.25,26).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA (O Segundo Êxodo)
Professor(a), explique que Jeremias não apenas predisse o exílio, mas também a restauração futura. Esta grandiosa libertação seria como um "segundo êxodo" que ofuscaria o primeiro. O retorno a Sião daria início a uma era de bênção inigualável, assegurada pela obediência em uma **nova e eterna aliança** com Deus.
TEXTO BÍBLICO EM CLASSE: Jeremias 21.1-14
- A palavra que veio a Jeremias da parte do Senhor, quando o rei Zedequias lhe enviou a Pasur, filho de Malquias, e a Sofonias, filho de Maaseias, o sacerdote, dizendo:
- Pergunta, agora, por nós, ao SENHOR, porque Nabucodonosor, rei de Babilônia, guerreia contra nós; bem pode ser que o Senhor opere conosco segundo todas as suas maravilhas e o faça retirar-se de nós.
- Então, Jeremias lhes disse: Assim direis a Zedequias.
- Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: Eis que virarei contra vós as armas de guerra que estão nas vossas mãos, com que vós pelejais contra o rei de Babilônia e contra os caldeus, que vos têm cercado fora dos muros; e ajuntá-los-ei no meio desta cidade.
- E eu pelejarei contra vós com mão estendida, e com braço forte, e com ira, e com indignação, e com grande furor.
- E ferirei os habitantes desta cidade, assim os homens como os animais; de grande pestilência morrerão.
- E, depois disto, diz o Senhor, entregarei Zedequias, rei de Judá, e seus servos, e o povo, e os que desta cidade restarem da pestilência, e da espada, e da fome na mão de Nabucodonosor, rei de Babilônia, e na mão de seus inimigos, não os poupará, nem se compadecera, nem terá misericórdia.
- E a este povo dirás: Assim diz o SENHOR: Eis que ponho diante de vós o caminho da vida e o caminho da morte.
- O que ficar nesta cidade há de morrer à espada, ou a fome, ou da pestilência; mas o que sair e se render aos caldeus, que vos têm cercado, viverá e terá a sua vida por despojo.
- Porque pus o rosto contra esta cidade para mal e não para bem, diz o Senhor; na mão do rei de Babilônia se entregará, e ele queimará a fogo.
- E à casa do rei de Judá dirás: Ouvi a palavra do SENHOR!
- Ó casa de Davi, assim diz o SENHOR: **Julgai pela manhã justamente** e livrai o espoliado da mão do opressor; para que não saia o meu furor como fogo e se acenda, sem que haja quem o apague, por causa da maldade de vossas ações.
- Eis que eu sou contra ti, ó moradora do vale, ó rocha da campina, diz o SENHOR; contra vós que dizeis: Quem descerá contra nós? Ou: Quem entrará nas nossas moradas?
- E eu vos visitarei segundo o fruto das vossas ações, diz o SENHOR; e acenderei o fogo no seu bosque, que consumirá a tudo o que está em redor dela.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos que o juízo de Deus, anunciado por Jeremias ao longo de seu ministério, estava prestes a atingir seu ponto mais crítico: a invasão e o cativeiro na Babilônia. É crucial entender o contexto histórico para compreender a gravidade das profecias.
I. CONHECENDO A HISTÓRIA
1. Informações históricas
O ministério de Jeremias abrangeu os reinados de Josias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim e, finalmente, Zedequias (o último rei). Conhecer a sucessão desses reis, especialmente seus curtos e maus governos, é vital para entender a rapidez com que Judá caminhou para a ruína.
2. As duas primeiras invasões
O cerco babilônio não foi um evento isolado, mas culminou em três invasões:
- Primeira Invasão (c. 605 a.C.): Sob o reinado de Jeoaquim, que rejeitou a Palavra de Deus. Foi quando **Daniel e seus amigos** foram levados para a Babilônia.
- Segunda Invasão (c. 597 a.C.): Durante o breve reinado de Joaquim. Levou dez mil presos, incluindo o rei, oficiais, artífices e o profeta Ezequiel.
3. A terceira invasão
Após o governo trágico de Joaquim, Nabucodonosor estabeleceu Zedequias como rei. Zedequias, além de não agradar a Deus, rebelou-se contra a Babilônia. A profecia de Isaías, dada 150 anos antes, estava se cumprindo. Apesar de Deus enviar profetas por todo esse tempo, a dureza de coração culminou com a destruição de Jerusalém (2Cr 36.15-21).
SUBSÍDIO I (O Rei Zedequias)
Zedequias foi o último rei de Judá. Colocado no trono por Nabucodonosor, ele tinha 21 anos e reinou por apenas nove. Ele se recusou a seguir as diretrizes do profeta Jeremias e foi considerado “mau aos olhos do Senhor”. Sua rebelião contra a Babilônia levou à guerra e, consequentemente, à queda final de Jerusalém.
II. O INÍCIO DO CERCO E AS SUAS CAUSAS
1. Doença sem remédio
As mensagens de Jeremias não despertaram a consciência do povo. A rebeldia de Zedequias contra a Babilônia expôs Judá à invasão e destruição. A rejeição persistente à mensagem profética foi tão grande que, biblicamente, chegou-se ao ponto de “não haver remédio” para tal situação (2Cr 36.15,16).
2. Boa ação, más intenções
Deus conhece pensamentos e intenções (Jr 17.10). Zedequias tentou duas "boas ações" – consultou Jeremias e buscou socorro em Deus – mas o profeta registrou que nem ele nem o povo deram ouvidos à Palavra do Senhor (Jr 37.2). Isso revela que as motivações do rei não estavam alinhadas às suas ações, confirmando a ausência de um arrependimento genuíno.
3. Falta de arrependimento
Arrepender-se significa voltar-se para Deus e estar diante d'Ele em dependência e humildade. Essas virtudes faltavam ao rei e ao povo. Diante da iminente invasão, a vaidade, a arrogância e a autoconfiança de Judá os impediram de se curvarem. Sendo assim, a falta de arrependimento foi a causa principal e central da invasão e destruição de Jerusalém.
SUBSÍDIO II (O Destino de Zedequias)
Zedequias perguntou a Jeremias se Deus faria Nabucodonosor se retirar, e Deus respondeu um enfático "Não". O próprio Deus lutaria contra Judá, entregando-o aos inimigos. A profecia se cumpriu literalmente: os filhos de Zedequias foram assassinados diante dele, e, em seguida, ele foi cegado e levado acorrentado à Babilônia, onde morreu humilhado. Jeremias indicou que a ira de Deus arderia contra a família real por terem promovido o mal e não terem administrado justiça.
III. PREVENIR É MAIS SÁBIO DO QUE REMEDIAR
1. Uma triste realidade
Antes, Jeremias ia ao rei; agora, o rei enviava representantes ao profeta para consultá-lo, buscando uma resposta positiva (Jr 21.1,2). A resposta divina, porém, foi: “Eu pelejarei contra vós com mão estendida” (Jr 21.5). A esperança de terem Deus como aliado foi frustrada. Nabucodonosor, o inimigo, era chamado pelo próprio Deus de Seu “servo” (Jr 27.6), o instrumento divino de juízo.
2. Aprendendo com a história
A história deve nos ensinar a corrigir erros e evitar desvios. Olhar para os erros de Israel e suas tristes consequências é uma forma de cumprir a missão com fidelidade. A Igreja atual deve atentar para a desobediência de Israel, que resultou na indignação divina e na permissão da invasão babilônica. É nosso dever combater a mornidão espiritual e o pecado.
3. Obras a serem lembradas
Jeremias sabia que as boas lembranças eram uma fonte renovadora de esperança (Lm 3.21). Embora Zedequias e o povo usassem a lembrança das obras passadas de Deus de forma insincera para tentar comovê-Lo (Jr 21.2), o ato de se lembrar dos grandes feitos é um recurso importante e bíblico (Sl 105; 106). A Igreja de hoje é convidada a lembrar-se sempre das grandes obras de Deus e a clamar por restauração onde for necessário.
CONCLUSÃO
Esta lição serve como um alerta prático à Igreja atual. Somos convocados a reconhecer e preservar nossos valores bíblicos para não desagradarmos a Deus. Isso exige uma constante atitude de arrependimento, manutenção de uma vida cristã saudável e a lembrança dos grandes feitos do Senhor.
❓ HORA DA REVISÃO ❓
- 1. Quais são as três invasões babilônicas em Jerusalém?
A primeira (c. 605 a.C., sob Jeoaquim), a segunda (c. 597 a.C., sob Joaquim) e a terceira (sob Zedequias). - 2. Qual o nome do rei na terceira invasão?
Zedequias. - 3. Segundo a lição, o que significa “arrepender-se”?
Arrepender-se é o mesmo que voltar-se para Deus e estar diante dEle em dependência e humildade. - 4. Como Judá se comportou diante da Palavra do Senhor?
Como um homem que diante da repreensão não se curva, assim Judá se comportou, sendo incapaz de se arrepender mesmo diante da iminente invasão babilônica. - 5. Qual a causa principal e central de invasão e destruição de Jerusalém?
A falta de arrependimento foi a causa principal e central da invasão e destruição de Jerusalém.
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