Lição 3: O corpo e as consequências do pecado
Lições Bíblicas CPAD - Adultos
4º Trimestre de 2025
Título: Espírito, Alma e Corpo — A restauração integral do ser humano para chegar à estatura completa de Cristo
Comentarista: Silas Queiroz
Lição 3: O corpo e as consequências do pecado
Data: 19 de outubro de 2025
TEXTO ÁUREO
“No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornarás.” (Gn 3.19).
VERDADE PRÁTICA
O pecado do primeiro Adão afetou o homem no corpo, na alma e no espírito. Mas a Redenção em Cristo, o último Adão, tem o poder de restaurá-lo plenamente.
LEITURA DIÁRIA
- Segunda — 1Co 13.12
Ainda não é manifesto o que havemos de ser - Terça — 1Co 6.18
A prostituição é um pecado contra o corpo - Quarta — 2Tm 3.13
Os homens maus vão de mal para pior - Quinta — Ef 6.4
A educação e o cuidado dos pais em relação aos filhos - Sexta — 1Tm 5.23
Estamos sujeitos às enfermidades - Sábado — Jó 19.25
A confiança de Jó em meio ao sofrimento
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 3.17-19; Eclesiastes 12.1-7.
Gênesis 3
17 — E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida.
18 — Espinhos e cardos também te produzirá; e comerás a erva do campo.
19 — No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornarás.
Eclesiastes 12
1 — Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;
2 — antes que se escureçam o sol, e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva;
3 — no dia em que tremerem os guardas da casa, e se curvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas;
4 — e as duas portas da rua se fecharem por causa do baixo ruído da moedura, e se levantar à voz das aves, e todas as vozes do canto se baixarem;
5 — como também quando temerem o que está no alto, e houver espantos no caminho, e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e perecer o apetite; porque o homem se vai à sua eterna casa, e os pranteadores andarão rodeando pela praça;
6 — antes que se quebre a cadeia de prata, e se despedace o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se despedace a roda junto ao poço,
7 — e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.
HINOS SUGERIDOS
73, 75 e 192 da Harpa Cristã.
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição, destacaremos as consequências do pecado sobre o corpo humano, conforme a perspectiva bíblica apresentada. Ao abordar temas como sofrimento, envelhecimento e esperança na glorificação, você guiará seus alunos a compreenderem o impacto da Queda e a Redenção oferecida por Cristo.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
- I) Analisar como o ser humano foi criado em perfeição, e de que forma o pecado trouxe sofrimento;
- II) Explicar que, apesar das consequências do pecado, o ser humano continua responsável por suas escolhas;
- III) Refletir sobre as limitações físicas e as enfermidades como realidade pós-queda, mantendo a esperança na glorificação do corpo.
B) Motivação:
Estudar esta lição nos ajuda a entender como o pecado corrompeu a perfeição original do corpo humano e como somos hoje chamados a viver com responsabilidade diante de Deus, aguardando a restauração completa em Cristo.
C) Sugestão de Método:
Para ensinar a responsabilidade humana diante do pecado, e reforçar o ensino do segundo tópico, utilize o método da discussão de casos práticos, com situações que envolvam decisões éticas e morais na vida adulta — como cuidar do corpo diante do estresse, lidar com vícios, ou exercer autoridade com equilíbrio na família. Proponha perguntas reflexivas que levem os alunos a confrontarem suas escolhas com os princípios bíblicos, destacando o livre-arbítrio e a mordomia do corpo como dádiva de Deus. Estimule o grupo a compartilhar experiências com sabedoria, criando um ambiente de aprendizado mútuo e aplicação prática da fé cristã no dia a dia.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação:
Diante das consequências do pecado sobre o corpo, desafie sua classe a viver com responsabilidade, cuidando do corpo como templo do Espírito Santo, e mantendo firme a esperança na glorificação prometida por Cristo.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 103, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais:
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Pecado e Morte”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda o tópico a respeito “da Perfeição à Morte”; 2) O texto “Sereis como Deus”, ao final do segundo tópico, aprofunda a respeito do tópico “A Responsabilidade Humana”, levando em conta a falsa promessa da Serpente.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Gênesis nos apresenta os terríveis efeitos do pecado em toda a Criação. O homem experimentou de forma imediata a separação espiritual de Deus, manifestada no senso de culpa e na reação à presença do Criador após a primeira transgressão (Gn 3.6-10). Não muito depois, a morte física entrou na história humana, começando por Abel (Gn 4.8). Os impactos do pecado no corpo, a parte material do ser humano, é o assunto desta lição.
Palavra-Chave:
PECADO
I. DA PERFEIÇÃO À MORTE
1. A certificação divina. O homem foi criado perfeito pelas mãos do Criador em toda a sua constituição, incluindo o corpo (Ec 7.29). Além da perfeição fazer parte da natureza divina (Dt 18.13; 2Sm 22.31), o próprio Deus — após a criação do homem — certificou a qualidade de sua obra: “[...] e eis que era tudo muito bom” (Gn 1.31). Havia plenitude de vida no primeiro casal. Adão e Eva viviam em completa harmonia com Deus, consigo mesmo, entre si e com a natureza. Quão aprazível era esse maravilhoso estado original! Afetada pelo pecado, nossa mente não consegue descrevê-lo, assim como não temos compreensão plena da glória futura, na restauração de todas as coisas (Rm 8.18-23; 1Co 2.9; 13.12; 1Jo 3.3).
2. Pecado e dor. A indizível sensação de bem-estar que o homem desfrutava era proveniente da vida que recebera de Deus e fluía em todo o seu ser (Gn 2.7,25; Jó 33.4). O pecado trouxe a incômoda experiência da dor, provocada por fatores espirituais, emocionais e físicos (Gn 3.7-19). Um complexo de alterações que vão da perda da comunhão com Deus (e da restrição à árvore da vida) à vivência em um ambiente agora adverso, amaldiçoado por causa da transgressão de Adão (Gn 3.17,18,22-24). Em meio a tudo isso, o corpo passou a padecer e se degenerar, até cumprir a sentença final: o retorno ao pó (Gn 3.19). Por mais que se cuide dessa matéria, depois da Queda o caminho natural da vida é o envelhecimento e a morte (Ec 12.1-7).
3. Velhice, autenticidade e gratidão. Dentro do grave quadro de adoecimento mental que marca a sociedade hoje, um novo transtorno tem sido diagnosticado: a gerontofobia, um terrível e mórbido medo de envelhecer, que causa ansiedade e produz comportamentos incompatíveis com a idade. A Bíblia fala da velhice de uma forma natural, clara e direta, ressaltando seu valor e honra (Lv 19.32; Jó 12.12). Enquanto isso, assiste-se a uma cultura de negação dessa fase da vida, a começar pela rejeição da palavra “velho”. Cuidar de si é muito importante, mas é preciso ser sábio e viver todas as fases da vida de maneira autêntica, em profunda gratidão e temor a Deus (Ec 8.5,6; 12.13). Precisamos reconhecer as características e a importância de cada etapa de nossa existência (Pv 20.29).
SINOPSE I
O ser humano foi criado em perfeição, mas o pecado trouxe dor, envelhecimento e a morte física como consequência da Queda.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
PECADO E MORTE
“Quando Adão e Eva pecaram, a morte moral e espiritual veio de imediato (cf. 2.17; cf. Jo 17.3, nota), enquanto a morte física ocorreu posteriormente (5.5). (1) Deus havia dito: ‘no dia em que dela comeres, certamente morrerás’ (2.17). Moralmente, a vida de Deus morreu neles, e a sua natureza tornou-se pecaminosa (isto é, espiritual e moralmente corrupta, contrária à natureza perfeita e pura de Deus). Espiritualmente, o antigo relacionamento com Deus foi destruído. A anterior inocência foi substituída pela culpa e pelo juízo. A partir de então, cada pessoa que nasce vem ao mundo com uma natureza pecadora (Rm 8.5-8). Essa corrupção da natureza humana envolve um desejo inato (isto é, congênito) e uma tendência de seguir pelo próprio caminho egoísta sem interesse por Deus ou pelos outros. A natureza pecadora é transmitida a todos os seres humanos (5.3; 6.5; 8.21; veja Rm 3.10-18, nota; Ef 2.3). (2) A Bíblia não ensina que todos pecaram quando Adão pecou, nem que a sua culpa pessoal foi colocada sobre toda a raça humana (veja Rm 5.12, nota). A Bíblia ensina que Adão introduziu a Lei do pecado e da morte a toda a humanidade (cf. Rm 5.12; 8.2; 1Co 15.21,22) e, desde então, cada pessoa que vive decide seguir o seu próprio caminho (Is 53.6)” (Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.13).
II. A RESPONSABILIDADE HUMANA
1. Corpo e livre-arbítrio. Como consequência de sua transgressão, Adão e Eva passaram a conhecer não somente o bem, mas também o mal (Gn 3.22), e todos os seus descendentes nascem inclinados ao pecado (Gn 6.5,12; Rm 5.12). Mas apesar de o pecado ter desfigurado a imagem de Deus no homem, não a aniquilou (Gn 9.6; Tg 3.9). Um dos significados disso é que o ser humano continua dotado de livre-arbítrio (Dt 30.19,20). Somos responsáveis pelo uso de nosso corpo, para o bem ou para o mal. Como disse Deus a Caim: “Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás” (Gn 4.7).
2. A potencialização do sofrimento. Além das consequências naturais decorrentes do pecado original, o corpo também sofre impactos das transgressões que o ser humano pratica ao longo da vida, inclusive contra si mesmo (Lm 3.39; Rm 1.24; 1Co 6.18). Essa potencialização do sofrimento decorre das obras da carne (gr. *sarx*: natureza pecaminosa) (Gl 5.19-21). É a manifestação do espírito de inimizade contra Deus, que Satanás, a antiga serpente, instilou no coração humano ainda no Éden (Gn 3.1-6; Tg 4.1-4; Ap 12.9). Esse quadro de corrupção foi observado logo nas primeiras gerações e somente se agrava (Gn 6.1-5; Mt 24.12,37; 2Tm 3.13). As drogas são um dos instrumentos de profunda degradação do corpo. As práticas sexuais ilícitas também crescem. Crianças e adolescentes são os mais vulneráveis, e dependem cada vez mais de um vigilante, amoroso e firme cuidado dos pais, no temor do Senhor (Pv 3.12; 4.10-15; 14.27; Ef 6.4). Qualquer negligência pode resultar em gravíssimas consequências.
SINOPSE II
Mesmo após a Queda, o ser humano possui livre-arbítrio e é responsável por suas escolhas que afetam o corpo e a vida diante de Deus.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“SEREIS COMO DEUS”
Satanás sempre tentou os seres humanos a crerem que podem ser como Deus e a decidirem por si mesmos o que é bom e o que é mau — o que é certo e o que é errado. (1) Ironicamente, ao tentarem ser ‘como Deus’, os homens se separaram do Deus Todo-Poderoso e tornaram-se falsos deuses para si mesmos (veja o v.22, nota; Jo 10.34, nota). As pessoas então procuram obter conhecimento moral e fazer juízos éticos usando o próprio raciocínio em lugar da Palavra de Deus. Mas Deus ainda é o juiz supremo que decide o que é certo e errado. (2) As Escrituras dizem que todos os que agem como se fossem seus próprios deuses ‘desaparecerão da terra e de debaixo deste céu’ (Jr 10.10,11). Este será também o destino do anticristo, que reivindicará ser Deus (2Ts 2.4)” (Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.13).
III. DO ABATIMENTO À GLORIFICAÇÃO
1. A realidade das enfermidades. Com o pecado, as doenças também passaram a fazer parte da vida humana. Elas surgem no processo de degeneração dos órgãos e sistemas do corpo por causas internas e externas, e estão entre os fatores que levam o ser humano de volta ao pó (Gn 3.19). Ninguém está imune ou isento de sofrê-las; nem mesmo os cristãos. Paulo menciona seu cooperador Trófimo, que deixara doente em Mileto (2Tm 4.20). A Timóteo recomendou: “Não bebas mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades” (1Tm 5.23). Tudo indica que o jovem pastor tinha um corpo debilitado por algumas doenças, provavelmente distúrbios gástricos. Jesus tem poder para nos curar de todo o mal (Is 53.4; Mt 4.23; Hb 13.8), mas precisamos ter serenidade, paciência e firmeza na fé se enfrentarmos sofrimentos persistentes (Jó 1.20-22; 19.25).
2. Enfado e canseira. Mesmo que o corpo não seja abatido por doenças, o próprio processo de envelhecimento traz canseira e enfado (Sl 90.10). Limitações e fraquezas surgem ao longo da vida, alterando toda a estrutura humana. Ter consciência disso é importante para nosso autoconhecimento, como já vimos, mas é essencial também para uma convivência cristã sem orgulho ou acepção de pessoas (Tg 2.1; Gl 6.10). Ricos e pobres são como a erva que seca e a flor que murcha e cai (Tg 1.9-11; 1Pe 1.24). Promover a comunhão entre todos é missão fundamental da igreja (At 2.42-46).
3. O corpo glorificado. A esperança do salvo por Cristo que vive em santificação é de uma Redenção completa, inclusive do corpo (Rm 8.23). É o aspecto futuro da salvação, a glorificação. Nosso corpo abatido será transformado para ser conforme o corpo glorioso de Cristo, segundo o seu eficaz poder (Fp 3.20,21). O verbo “transformar” nesse texto é *metaschematizo*, no grego, e significa “mudar a forma”. Será a mudança do corpo terreno, carnal e mortal, para o celestial, espiritual e imortal, semelhante ao de Cristo Jesus, o Homem Perfeito (1Co 15.40-49; Rm 8.29).
SINOPSE III
Apesar das enfermidades e limitações do corpo, o crente tem a esperança da glorificação, quando seu corpo será transformado à semelhança de Cristo.
CONCLUSÃO
Apesar de todo o abatimento e sofrimentos que experimentamos em nosso corpo como consequência do pecado e de nossas próprias transgressões, em Cristo temos a certeza de uma Redenção completa, conquistada por sua obra perfeita na cruz do Calvário. Ele nos dará um novo corpo, eternamente transformado e saudável (Ap 21.4-6; 22.2).
VOCABULÁRIO
Racionalismo: conjunto de teorias filosóficas (platonismo, cartesianismo etc.) fundamentadas na suposição de que a investigação da verdade, conduzida pelo pensamento puro, ultrapassa em grande medida os dados imediatos oferecidos pelos sentidos e pela experiência.
Cientificismo: concepção filosófica de matriz positivista que afirma a superioridade da ciência sobre todas as outras formas de compreensão humana da realidade (religião, filosofia metafísica etc.), por ser a única capaz de apresentar benefícios práticos e alcançar autêntico rigor cognitivo.
REVISANDO O CONTEÚDO
- 1. Como era a vida de Adão e Eva antes da Queda?
Havia plenitude de vida no primeiro casal. Adão e Eva viviam em completa harmonia com Deus, consigo mesmo, entre si e com a natureza. - 2. Qual o nome dado ao transtorno mental ligado ao envelhecimento? O que ele significa?
A gerontofobia, um terrível e mórbido medo de envelhecer que causa ansiedade e produz comportamentos incompatíveis com a idade. - 3. Qual a relação entre livre-arbítrio e responsabilidade humana em relação ao corpo?
Somos responsáveis pelo uso de nosso corpo, para o bem ou para o mal. - 4. É possível ao cristão enfrentar sofrimentos persistentes, inclusive doenças? Qual deve ser seu comportamento?
Sim. Precisamos ter serenidade, paciência e firmeza na fé se enfrentarmos sofrimentos persistentes (Jó 1.20-22; 19.25). - 5. O corpo humano também será alvo da Redenção? Como?
Nosso corpo abatido será transformado para ser conforme o corpo glorioso de Cristo, segundo o seu eficaz poder (Fp 3.20,21).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O CORPO E AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO
A partir do relato de Gênesis, podemos entender que a Queda do homem trouxe muitos problemas para a humanidade. Os mais grave dentre eles é a morte do corpo. Desde quando criou o ser humano, o propósito de Deus era que o homem vivesse eternamente e desfrutasse das bênçãos disponíveis na criação. Por isso, o instituiu no jardim do Éden, um lugar próspero e de plena paz. Ali, Adão, juntamente com sua esposa Eva, tinha todos os recursos à disposição (Gn 2.7,16,17). O sofrimento, as aflições e as doenças tanto físicas quanto emocionais não faziam parte do propósito divino para a vida humana neste mundo. Mas, a natureza humana declinou em razão do pecado e a morte entrou neste mundo (Rm 5.12). Por essa razão, os males desta vida imperam sobre o corpo e o levam a uma morte lenta e angustiante.
A principal consequência do pecado na vida humana é a morte. A respeito desse assunto, na obra Teologia do Novo Testamento (CPAD), Roy B. Zuck discorre que o apóstolo “Paulo usa a palavra ‘morte’ em relação à morte física e espiritual ao descrever que ‘o salário do pecado é a morte’ (Rm 6.23). A morte espiritual é a condição de separação de Deus: ‘A inclinação da carne é a morte’ (Rm 8.6). Se a condição atual dos não-cristãos não mudar, a vida deles terminará em morte eterna, a separação final da presença de Deus. A vida controlada pelo pecado leva à morte (6.16). Todas as pessoas, por serem filhas de Adão, começam a vida sob o domínio da morte (5.14). Até mesmo os cristãos lutam com a mortalidade, a separação da alma e espírito do corpo na morte física. Conforme declara Paulo, há a expectativa de que, um dia, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, a morte será derrotada (1Co 15.54). Todavia, até lá, ‘nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo’ (Rm 8.23)”. (2008, pp.288,289).
Há, porém, nos Evangelhos, uma nova esperança trazida à vida daqueles que aceitam a fé em Jesus como Salvador e Senhor. A Palavra de Deus nos revela quem crê no Filho de Deus passa da morte para a vida (Jo 5.24), a saber, aqueles que creem em Seu sacrifício na cruz do Calvário como ato que remove a culpa dos pecados e oferece o perdão divino. Desde então, podemos experimentar uma nova natureza espiritual capaz de obedecer a Deus e manter-se em comunhão plena com Ele (1Jo 5.4,5). O grande desafio agora é a mortificação das obras da carne contaminada pelo pecado. O apóstolo Paulo ensina que, pelo Espírito, mortificamos a natureza pecaminosa e produzimos as virtudes do Fruto do Espírito (Gl 5.16).
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